
Comecei a ler “O mundo de Sofia”, é um livro meio filosófico, conta a estória de Sofia, uma menina que está prestes a completar 15 anos de idade, e numa bela manhã de Maio, ela encontra em sua caixa de correio, uma carta endereçada à ela, mas essa carta não tem remetente e nem estava selada. Quando Sofia abre a carta, nela está escrito apenas “Quem é você?”, com isso Sofia começa a se perguntar quem realmente ela era.
Ainda estou no começo do terceiro capitulo, mas esses dois primeiros capítulos me fizeram pensar: Quem EU sou?
Sou o Fábio Augusto, mas quem é esse? Bem, acho que ninguém sabe responder essa pergunta de primeira, é necessário um bom tempo para pensar antes de responder a essa pergunta. Quem sou Eu?
Tenho 16 anos de idade, mas penso ter muito mais, quando converso com meu irmão* Marcos, sobre as coisas que acontecem nas nossas vidas, percebo que eu enxergo as coisas de uma maneira diferente da dele, ele tem 17 anos, mas me sinto muito mais velho que ele, não que ele seja infantil, não, mas na maneira com que o trato, acho que sou um pouco protetor com ele, meio que cuido dele, me preocupo realmente com as coisas que acontecem na vida dele.
Outro dia eu estava voltando do meu treino, e parei para conversar com alguns amigos meus, que eu não via a um tempo. Enquanto conversava com eles, percebi que eu era o menos infantil dos cinco, também percebi que eu era o mais inteligente dentre eles, mas não aquela inteligência que propriamente dita, mas aquela que aprendemos com a vida, quando se tem vários tipos de experiências de vida, mas como eu posso me sentir tão mais maduro que eles se sou um dos mais jovens? Acho que a explicação mais plausível para isso, seja, eu ter o costume de ler tanto, então, acabo pegando todas as experiências dos personagens dos livros que vejo e dos filmes que vejo, assim excedendo em muito as experiências que eu teria em apenas 16 anos.
Mas a pergunta ainda não foi respondida, quem eu sou? Enfim, sei que eu sou uma pessoa madura, mas sei que não sou apenas isso. Outro dia, estava conversando com o amor da minha vida – segundo ela -, com ela aprendi o verdadeiro significado da palavra amizade. Estava abraçando-a e beijando-a na bochecha como costume fazer sempre, ela vira e fala para mim: “Como você consegue ser tão carinhoso comigo?” e eu respondi “Não sei Hanna”. Mas isso não é apenas com ela, sou muito carinhoso com todos que eu goste, mesmo essa pessoa tendo sido grossa comigo. Uma vez eu li em algum lugar uma frase que me chamou muito a atenção: “Não há nada melhor que vencer seu inimigo pela gentileza”. É a mesma coisa comigo, quando alguém é grosso comigo, ou eu dou um abraço, ou um beijo, ou um sorriso, quebrando assim o mau-humor da pessoa.
Com isso já descobri que sou um garoto maduro e carinhoso, mas creio que eu seja bastante inteligente e um pouco esperto. Inteligente, pois consigo tirar notas boas no colégio sem estudar, e um pouco esperto, pois consigo entender algumas matérias e assuntos muito facilmente, mas só um pouco, pois se eu fosse um pouco mais esperto e menos preguiçoso, eu estudaria mais e iria bem em todas as disciplinas com extrema facilidade. Então sou um garoto maduro, carinho, inteligente e um pouco esperto.
Será que eu sou apenas isso? Quem realmente eu sou? Não apenas o que eu gosto e o que eu não gosto, pois isso muda facilmente, mas quem eu sou de fato, pois isso não muda, pelo menos não facilmente.
*O Marcos não é meu irmão de sangue, mas o considero meu irmãozinho, aquele que eu nunca tive, de fato ele é mais velho que eu, mas como já havia dito, me sinto mais velho que ele , e entramos em um consenso em relação a isso, eu sou o mais velho e ele o caçula.