quinta-feira, 27 de junho de 2013

Torneio Sul-Americano de Rugby para o Desterro Rugby Clube Juvenil

   Eu faço parte do Desterro Rugby Clube, um dos clubes de rugby do estado e um dos mais antigos. Nosso time já obteve várias conquistas, o masculino adulto já foi campeão brasileiro por 3 vezes e campeão catarinense por 7 vezes, contendo ainda alguns jogadores que atuam na seleção brasileira a mais de 10 anos, como o capitão da seleção.
   Já o feminino adulto conquistou o ultimo campeonato brasileiro de Rugby Seven, uma modalidade dentro do esporte, sem perder nenhum jogo. No feminino também há algumas jogadoras que atuam na seleção brasileira, incluindo a capitã da seleção.
   O juvenil não possuí nenhum título ainda, mas há alguns jogadores que atuam na Federação Catarinense de Rugby, que seria a seleção do estado de Santa Catarina. Estamos sempre em constante evolução, treinamos e nos dedicamos muito ao esporte que ganhou nossos corações desde o primeiro treino, porém como todo esporte amador, sofremos com algumas dificuldades.
   Estamos planejando participar do maior campeonato de rugby juvenil da América do Sul, que ocorre no Uruguai no mês de Outubro. Como ainda somos um esporte amador, teremos de arcar com todas as despesas da viagem e hospedagem, por isso estamos organizando maneiras de arrecadar dinheiro como vendendo bolos e docinhos nos jogos do Super 10, campeonato brasileiro disputado pelo masculino adulto, que ocorrem aqui em Florianópolis, mas infelizmente apenas isso não será suficiente.
   Por esse motivo criamos uma Vakinha, para que as pessoas que simpatizem com a nossa causa e queiram ajudar possam doar qualquer quantia em dinheiro que possam ou queiram para nos ajudar.
   Seria de grande valia para todo o nosso time participar deste campeonato, pois estaríamos jogando contra clubes de toda a América do Sul, como a Argentina que é uma grande potência no rugby mundial e com certeza, graças a essa experiência, evoluiríamos muito.
   A seguir, está o link da nossa Vakinha, se você simpatizou com a nossa causa, mas não pode contrinuir com doações, por favor, nos ajude a divulgá-la.


Obrigado,
Fábio Augusto da Conceição.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Preconceito?

Preconceito, muitos dizem se tratar de algo natural do ser humano, mas até que ponto devemos achar isso natural e saudável? Assim que conhecemos alguém novo, estudamos seu modo de se vestir, de falar, de agir, se é negra, se é branca, se é gorda, se é magra, sé é baixa, se é alta. É natural do ser humano julgar aquilo que não conhece, mas é nosso dever verificar se esse julgamento é correto, e muitas vezes não é. 

O preconceito não passa de um julgamento sem conhecimento feito pelas pessoas. Por exemplo: “Ele é negro, não vou usar o mesmo banheiro que ele ou eu vou acabar pegando alguma doença”. Esse pensamento era bastante comum na década de 1960 nos EUA. Esse tema é bastante trabalhado no filme The Help (Histórias Cruzadas em português) do diretor Tate Taylor, que conta a história de uma escritora que resolve escrever um livro contendo a visão das empregadas negras sobre como era o trabalho doméstico e como elas eram tratadas por seus patrões. 

Atualmente sabemos que somos todos iguais, que somos constituídos das mesmas coisas, que nossos organismos são iguais e que estamos suscetíveis às mesmas doenças, então por que ainda existem casos de preconceito? Por ignorância e estupidez humana. Seja ela contra negros, asiáticos, índios, gays, pobres e assim por diante. Assim como disse Albert Einstein: “As únicas coisas infinitas são o universo e a estupidez humana. E não estou seguro quanto à primeira”. 

Há pouco tempo foi sancionada uma lei que diz que 50% das vagas do vestibular deverão ser preenchidas por alunos que estudaram todo o ensino médio em escolas públicas. Desse total, metade deverá ser preenchida por alunos que possuem renda familiar inferior a um salário e meio por pessoa. Já a outra metade será preenchida por alunos negros, pardos e índios. Não seria essa mais uma forma de descriminação? De preconceito? 

Essa lei nos diz o quê? Que alunos negros, pardos e índios não possuem a capacidade de entrar em uma faculdade por mérito próprio? Alguns dizem que as cotas servem como uma “indenização” por anos de escravidão, mas os tempos são outros. Talvez na época após a escravidão, onde negros eram muito mal pagos em seus empregos, houvesse a necessidade, mas atualmente, onde é lei que todos frequentem a escola, deveriam avaliar apenas os estudos dos alunos. 

Ainda há muitas dificuldades em certas regiões do país onde a escolarização ainda é precária, onde não se possui transporte para levar as crianças até a escola e de volta pra casa, mas para aqueles que conseguiram chegar à faculdade, não deveria ser imposto tal “injustiça”. O preconceito é um mal que todos precisamos combater, mas também é um mal que cresce em casa, portanto, vamos iniciar a boa educação das nossas crianças em casa.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Palavras ao Vento

Eu sei que eu disse que me tornaria uma pessoa fria e insensível, mas infelizmente -para mim-, me tornar algo assim é praticamente impossível. Não vou conseguir ignorar as pessoas que já significaram tanto para mim, não vou conseguir simplesmente virar a cara e fingir que elas não existem. Isso não faz parte de mim e nunca fará. 

Talvez, o máximo que eu consiga, será me conformar que escolhas são feitas e que nem sempre podemos estar presentes na vida daqueles a quem mais desejamos o bem. Não vou negar, minha vontade é bater de frente com essas pessoas e questioná-las sobre os motivos que as levaram a se afastarem de mim, pois eu os desconheço, mas o meu orgulho não me deixar dar o braço a torcer. 

Penso que entre nós existe algum tipo de barreira invisível, composta de orgulho e desgostos, que me impede de chegar a vocês e de nos reconciliar. Não sei se posso fazer algo contra esta barreira agora, não sei se é da vontade de vocês voltarem a ter-me em suas vidas. 

É verdade que minha amizade e meu amor ainda não minguaram, a minha esperança de que um dia ainda possamos resolver todas as desavenças -que creio eu, são frutos da falta de comunicação- ainda vive. Sei que não estou colaborando muito com a situação reagindo da mesma maneira, mas quem sabe se houver uma brecha em suas defesas, eu não possa finalmente criar um pouco de coragem para tomar a frente nessa "guerra". 

A amizade que eu nutro por um e o amor que eu nutro pelo outro são partes de mim que eu nunca poderia me desfazer, pois isso é o que eu sou, um enorme e besta sentimental, que não seria nada sem aqueles que me cercam. Não sei se essas palavras chegarão aos seus destinos, mas de coração espero que cheguem, e que de alguma maneira elas possam ser o inicio de uma reconciliação. Nada no mundo me deixaria mais feliz do que isso.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

And I'm The Only One And I Walk Alone



Boulevard Of Broken Dreams

I walk a lonely road
The only one that I have ever known
Don't know where it goes
But it's home to me and I walk alone

I walk this empty street
On the Boulevard of broken dreams
Where the city sleeps
And I'm the only one and I walk alone

I walk alone
I walk alone
I walk alone
I walk a...

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'til then I walk alone

Ahh Ahh Ahh Ahhh
Ahh Ahh Ahh Ahhh...

I'm walking down the line
That divides me somewhere in my mind
On the borderline of the edge
And where I walk alone

Read between the lines of what's
Fucked up and everything's all right
Check my vital signs to know I'm still alive
And I walk alone

I walk alone
I walk alone
I walk alone
I walk a...

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'Til then I'll walk alone

Ah-Ah Ah-Ah Ah-Ah Ahhh
Ah-Ah Ah-Ah I walk alone, I walk a...

I walk this empty street
On the Boulevard of broken dreams
When the city sleeps
And I'm the only one and I walk a..

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'til then I walk alone!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Mistakes and Consequences - Cap VII

Parte III – Alex Turner


Capitulo VII: Monstro

Eram dez deles, eu estava cercado; mas depois de tanto tempo sobre esta nova "Terra", essa situação já não me aterrorizava. Para ser mais preciso, três meses haviam se passado desde que eu acordara naquele beco sujo; nesse meio tempo, eu já viajara quase todo o país em busca de respostas, mas eu fora mal sucedido. Nesses três meses, uma mutação se abatera sobre mim. Eu mesmo já não me reconhecia.

Meu sangue começava a ferver, meus instintos se aguçavam e o tempo parecia rastejar, como se eu estivesse vivenciando o momento em câmera lenta. Analisei os dez que me cercavam, nenhum deles ali possuía o poder ou a capacidade para me superar, mas algo me chamou a atenção naqueles seres horrendos: eles aparentavam ter controle sobre si e de terem recuperado um pouco de suas consciências. Esse fato me surpreendera, pois este era o primeiro grupo de monstros que eu encontrava que aparentavam possuir qualquer tipo de capacidade mental; todos os outros não passavam de animais esfomeados que seriam capazes de lutar até a morte por um pouco de carne.

Eu desejava poder analisá-los melhor, portanto decidi não utilizar de meus poderes para que a batalha durasse um pouco mais. Minha mente estava em um confronto voraz com o meu instinto assassino: minha mente queria analisar e estudar o que havia feito aqueles monstros recobrarem a consciência, já meu instinto queria simplesmente trucidá-los. Eu ainda não tinha controle sobre meu instinto e nem sobre meus poderes, eles ainda eram um completo mistério para mim e tudo aquilo ainda me assustava.

Eu estava usando todas as minhas forças para combater meu instinto assassino, meu sangue fervilhava. Me preparei para o combate e esperei para que eu pudesse analisar como eles procederiam. O primeiro deles correu em minha direção, rugindo e mostrando os dentes afiados e suas garras mortais; um sorriso brotou em minha face, quem aquele ser pensava que era para me atacar de frente?

À medida que ele se aproximava de mim, sua aura assassina aumentava, o que me deixou surpreso: será que eles poderiam esconder suas intenções assassinas, assim como eu estava fazendo naquele exato momento? Ele estendeu suas garras querendo dilacerar meu peito, desviei de seu ataque simplesmente dando um passe para o lado, virei e segurei sua cabeça entre as minhas mãos, torcendo seu pescoço como se não fosse nada. Aos meus olhos esses movimentos duraram um minuto inteiro, mas na verdade tudo se passou dentro de poucos segundos.

Os nove restantes, parecendo irados pela facilidade com que eu matara um de seus companheiros, liberaram suas intenções assassinas por completo; a intenção assassina deles junta era de certo modo surpreendente, eu nunca havia encontrado uma intenção assassina tão grande antes. Meu instinto assassino reagiu à intenção assassina deles e sobrepujou minha mente. Em resposta aos urros proeminentes daqueles animais eu rugi de modo imponente, calando-os por alguns momentos; minha visão tornara-se vermelha e todos os meus sentidos explodiram, chegando a uma escala inumana. Com uma incrível velocidade, saquei as duas espadas que estavam embainhadas em minhas costas. Os nove restantes me atacaram ao mesmo tempo, mas para mim seus movimentos eram completamente visíveis e previsíveis; soltei uma gargalhada: novamente minhas espadas provariam o gosto de sangue. Naquele instante eu notara que não era eu que estava no comando do meu corpo, e tudo escurecera...

Despertei aos poucos com dores por todo o meu corpo, meus sentidos foram aos poucos retornando ao normal; eu estava em pé, no meio de uma estrada com vários corpos ao meu redor; eu estava coberto de sangue dos pés à cabeça e sangue também pingava das espadas. Finalmente eu entendi o que havia se passado ali, depois de vários dias sem crises, eu havia perdido o controle sobre o meu corpo e meu instinto assassino tomara conta de mim, liberando-o.

Meu pulmão gritava, implorando por nicotina; eu precisava de cigarros e quem sabe uma boa dose de álcool também. Olhei ao redor e encontrei minha Midnight Star, enquanto eu me encaminhava para ela, imagens de dezenas de cenas semelhantes aquela que eu acabara de presenciar passavam pela minha cabeça; quantos monstros daquele eu já havia matado? Quantas vezes eu já havia perdido o controle sobre mim mesmo? Enquanto eu pensava sobre essas perguntas, outra brotou em minha mente: havia eu me tornado nada mais que um monstro também?

domingo, 25 de dezembro de 2011

Life Is A Cold War


Cold War - Janelle Monáe

So you think that I'm alone
That being alone is the only way to be
When you step outside
You spin like fire for your sanity

This is a cold war
You better know what you're fighting for
This is a cold war
Do you know what you're fighting for

If you want to be free
Feel the ground is the only place to be
'Cause in this life
You spend time running from depravity

This is a cold war
Do you know what you're fighting for
This is a cold war
You better know what you're fighting for
This is a cold war
You better know what you're fighting for
This is a cold war
Do you know what you're fighting for

When wings to the weak
and bring grace to the strong
make our legal stumble as it applies in the world
All the tripes come and the mighty will crumble
we must brave this night
and have faith in the world

I'm trying to find my peace
I was made to believe there's something wrong with me
And it hurts my heart
Lord have mercy ain't it plain to see

That this is a cold war
Do you know what you're fighting for
This is a cold war
You better know what you're fighting for

This is a cold....
This is a cold war
You better know what you're fighting for

Do you know? Is a cold...
Do you?
Do you?

Is a cold ...
You better know what you're fighting for

Bye bye bye bye, don't cry when you say goodbye?
Bye bye bye bye, don't cry when you say goodbye?

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

E Assim Nasceu...


Violão

Um dia eu vi numa estrada um arvoredo caído
Não era um tronco qualquer
Era madeira de pinho
E um artesão esculpia o corpo de uma mulher.

Depois eu vi pela noite
O artesão nos caminhos colhendo raios de lua
Fazia cordas de prata que, se esticadas, vibravam
O corpo da mulher nua.

E o artesão, finalmente,
Nesta mulher de madeira botou o seu coração
E lhe apertou contra o peito
E deu-lhe um nome bonito
E assim nasceu o violão.
Ana Carolina

sábado, 17 de dezembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap VI

Capitulo VI: Fiador 

Mesmo com toda a minha inteligência, eu não consegui prever tudo o que estava por vir. Seu nome era Giovanni Nicotari. 

Assim que nós começamos a conversar eu simpatizei com ele, mas algo me incomodava; eu não conseguia lê-lo. A cada tentativa minha de tentar compreender suas micro-expressões, mais neutro ele se tornava. Ou ele estava sendo completamente sincero, ou ele era um mentiroso perfeito, mas como até aquele momento eu nunca havia encontrado um mentiroso perfeito, resolvi acreditar em suas palavras. Para ajudar, a sua aparência fazia lembrar-me de alguém há muito esquecido, e isso me incomodava e tranquilizava ao mesmo tempo. 

Conforme a conversa foi fluindo, eu comecei a pensar que estava apenas sendo implicante com aquele senhor, e resolvi sair defensiva e ser simpática e sincera com ele. Conversamos durante o vôo inteiro; começamos a falar sobre nossas vidas e por coincidência ele também era cientista, só que dono de uma grande rede de laboratórios espalhados pelo mundo. Não acreditei que eu já havia trabalhado em dois de seus laboratórios, mas nunca havia me importado em conhecer meus patrões. 

O tempo passou incrivelmente rápido, o avião já pousava. Saímos do avião e continuamos a conversar até a porta do aeroporto. Eu estava com muita vontade de ver meus pais, mas não podia ser rude e deixar de ter a simpatia do meu novo investidor. Ele ainda queria manter contato, então eu fiquei com um de seus cartões e prometi entrar em breve. Entrei no primeiro táxi e pedi ao taxista para me levar até a casa dos meus pais. 

Assim que o carro partiu, me virei para trás e acenei para Giovanni. Eu havia encontrado a pessoa que bancaria todas as minhas pesquisas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

When I'll See You Again?


Don't You Remember


When will I see you again?
You left with no goodbye, not a single word was said,
No final kiss to seal any seams,
I had no idea of the state we were in,

I know I have a fickle heart and bitterness,
And a wandering eye, and a heaviness in my head,

But don't you remember?
Don't you remember?
The reason you loved me before,
Baby, please remember me once more,

When was the last time you thought of me?
Or have you completely erased me from your memory?
I often think about where I went wrong,
The more I do, the less I know,

But I know I have a fickle heart and bitterness,
And a wandering eye, and a heaviness in my head,

But don't you remember?
Don't you remember?
The reason you loved me before,
Baby, please remember me once more,

Gave you the space so you could breathe,
I kept my distance so you would be free,
And hope that you find the missing piece,
To bring you back to me,

Why don't you remember?
Don't you remember?
The reason you loved me before,
Baby, please remember me once more,

When will I see you again?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap V

Capitulo V: Primeiro Erro 

Cinco anos haviam se passado desde que meu crescimento havia parado, eu já havia viajado o mundo inteiro e já havia feito algumas descobertas em relação a minha condição. Primeiro, eu descobri que meus genes eram um pouco deferentes dos das pessoas normais, por algum motivo que eu desconhecia, meus genes estavam dispostos em uma ordem diferentes dos demais e graças a isso eu havia nascido dessa maneira. Segundo, eu havia parado completamente meu crescimento físico, mas em compensação meu crescimento mental havia acelerado ainda mais e graças a isso, eu já conseguia utilizar 50% do meu celebro, o que em pessoas normais, raramente ultrapassa os 10%. 

Por onde quer que eu passasse, atraia olhares admirados e surpresos, isso devido a minha cor de pele e a cor do meu cabelo. Em meus cinco anos de viagens pelo mundo, eu nunca havia encontrado ninguém que possuísse um tom de cabelo que fosse igual ao meu. Mas em meio aqueles olhares eu começava a notar olhares de cobiça também, eu nunca tinha me importado antes com isso, pois eu tinha olhos apenas para as minhas pesquisas, mas nesses cinco anos eu aprendera a separar um pouco de tempo para a diversão e nesses períodos fora do laboratório eu aprendera a diferenciar esses olhares. 

Eu já estava com saudades da minha família e ansiava por voltar e rever meus pais. Preparei tudo para a viagem, deixei o laboratório onde trabalhara no último ano e comprei passagens para casa. O vôo demoraria algumas horas, sentei em minha poltrona e coloquei os fones de ouvido, após alguns minutos eu percebi que o senhor ao meu lado olhava para mim de vez em quando com olhares de curiosidade e eu decidi conversar com ele, afinal ele era um senhor de idade e aparentava ser uma boa pessoa.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap IV

Capitulo IV: Criação

Conforme o tempo passara, eu fora crescendo cada vez mais, e minha infância fora cheia de exames, medicações e experiências, afinal os médicos nunca haviam visto algo igual. No começo eu sentia medo e não gostava de ir a hospitais e de fazer aqueles constantes exames, e muito menos de tomar aqueles medicamentos, mas conforme meu crescimento físico e mental avançava, fora crescendo dentro de mim a necessidade de obter conhecimentos. 

Meus pais sempre tiveram problemas na hora de me matricular em escolas normais, pois ninguém me queria por perto, e por esse motivo eu começara a estudar em casa, mas com tantas idas e vindas de hospitais e de todos aqueles experimentos e contatos com cientistas, mas principalmente da vontade que eu tinha de saber o que realmente eu era, afinal estava bem claro que eu não era uma pessoa normal, eu começara a participar das conversas com os cientistas e a estudar tudo o que eles faziam comigo. 

Os anos se passaram e quando eu completara meus 10 anos, eu já estava com a aparência de uma mulher de 20 anos; esbelta, bela e muito admirada pelos homens a minha volta. Mesmo recendo muitas bajulações de todos, eu simplesmente não me importava e nem me impressionava com nada disso, a única coisa com que eu me importava agora era estudar cada vez mais para que um dia eu pudesse descobrir o que acontecia comido. 

Tão misteriosamente quanto começou, meu crescimento físico parou. Esse fato pegou de surpresa a todos nós, mas foi um grande alívio para mim e para meus pais, afinal, isso significava que meu tempo de vida fora prolongado. Mas para meu alívio, meu crescimento mental continuava a crescer. Agora, sem a preocupação de morrer de velhice com 30 anos, eu decidira sair pelo mundo para estudar outras espécies e tentar compreender melhor a vida em sua essência.

sábado, 26 de novembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap III

Parte II - Brittany Evans

Capitulo III: Aberração 

Meus olhos pousavam sobre toda a cidade, afinal eu estava na cobertura do maior edifício dali; e graças ao binóculo que eu havia projetado tempos atrás, eu consegui ver tudo o que acontecia na superfície. Aquilo já se tornara um hábito. Dia após dia eu subia ali e ficava a observar a cidade. Eu me recusava a admitir, mas aquilo era para mim um modo de me redimir e tentar corrigir o erro do qual eu nunca esqueceria, pois fora o primeiro erro da minha vida, e também para procurar pelo meu segundo erro... 

Desde muito pequena eu já sabia que era uma pessoa bem diferente dos demais. Meus pais sempre foram muito amáveis comigo, mas não souberam como lidar com a minha situação. Não os culpo por isso. Digamos que não tenha sido... Fácil. 

Eu nasci mais branca que qualquer pessoa normal, praticamente albina. O que impedia que qualquer médico dissesse que eu era albina era a cor dos meus cabelos, que desde que nasci são de um vermelho vibrante, lisos e longos. Mas se fosse apenas isso que me diferenciasse das outras pessoas, eu até que me consideraria normal, apenas um pouco diferente, mas eu era praticamente uma aberração. 

Meu crescimento físico era acelerado, mas o que mais surpreendera meus pais foi meu crescimento mental. Aos três meses, já com o tamanho de uma criança de seis meses, eu já dissera minhas primeiras palavras, e aos quatro meses eu já conseguia me fazer entender. Aos cinco meses eu já arriscava ficar sobre minhas próprias pernas e aos seis meses eu conseguia andar tranquilamente. Ninguém pode lidar bem com uma situação como essa.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap II

Capitulo II: Passado e Vício 

Quando dei por mim eu estava andando na direção de uma loja de roupas a poucos metros do beco de onde eu havia despertado. Eu precisava de roupas resistentes, afinal eu não sabia o que estava por vir e eu precisava estar preparado. Primeiro eu peguei um coturno preto que estava logo à vista, peguei uma calça jeans cinza e uma camisa básica preta, procurei pela loja, mas não vi nenhuma jaqueta de meu agrado. 

Depois de me vestir, estava prestes a sair da loja quando passei por um espelho e parei por um instante. Pensamentos começaram a fluir pela minha mente, eu estava muito diferente do que eu me lembrava, meu cabelo estava mais comprido e meus músculos estavam maiores, como se meu corpo houvesse avançado no tempo e melhorado também. Comecei a lembrar da vida que eu levava antes que o mundo inteiro virasse de cabeça pra baixo. Bom, não só virou de cabeça pra baixo como deu uma sacudida, só pra desarrumar mais ainda. Virar mais 180 graus não ia fazer nada daquilo voltar ao normal. 

Eu vivia de pub em pub, tocando violão, ganhando algum dinheiro e no instante seguinte gastando com cigarros e vodca. Lembrando dos cigarros e sentindo minha garganta implorar por um maço inteiro, continuei andando por aquela rua pós-apocaliptica, quando vi a moto parada na frente de uma tabacaria. Tabacarias, sempre salvando a minha vida. Examinei a moto com cuidado, era uma Midnight Star e ela era perfeita. Quando dei uma volta ao redor dela, encontrei pendurado um casaco de couro preto. Também perfeito. Parece que afinal o mundo pós-apocaliptico não era tão ruim assim. 

Depois de colocar o casaco, examinei os bolsos para ver se encontrava algo de importante. Bolso externo, chaves, nada poderia ser melhor. Em um dos bolsos internos encontrei algo que o formato eu já conhecia muito bem, dos meus tempos de pub. Uma carteira de Marlboro vermelho, praticamente cheia. Tudo o que eu precisava era um isqueiro. Sorri comigo mesmo e forcei um pouco a porta da tabacaria, que parecia apenas um pouco emperrada. Procurei entre as prateleiras e achei o que eu estava procurando, um Zippo novinho e cheio. Fui até o caixa e peguei mais duas carteiras de Marlboro vermelho, e coloquei nos bolsos internos. Sai da tabacaria e subi na Midnight, que passara a ser minha, ascendi um cigarro, liguei a moto e sai dali a toda. Agora só faltavam as armas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap I

Parte I - Alex Turner

Capitulo I - Choque

Acordei com uma baita dor de cabeça, meus olhos ardiam e meus sentidos estavam completamente desnorteados. Eu continuei ali deitado sem noção do tempo, minha cabeça continuava a latejar incessantemente, mas eu sabia que não deveria ficar ali por muito tempo, eu sentia que precisava me levantar e sair dali o quanto antes. Abri os olhos, mas não consegui enxergar nada, meus olhos estavam completamente embaçados, pisquei várias vezes até começar a lacrimejar e abri os olhos mais uma vez, dessa vez eu consegui dar uma olhada ao meu redor. 

Eu me encontrava no final de um beco sem saída, os edifícios ao meu redor eram altos e aparentavam ser muito velhos, mas o que mais me chamou a atenção fora o céu, ele estava preto, completamente preto, sem estrelas, sem lua, como se não houvesse nada lá fora. Tentei me levantar, mas o mundo ao meu redor girou e eu fui ao chão novamente, respirei fundo algumas vezes e tentei mais uma vez, mais devagar dessa vez, primeiro tentei me sentar, esperei um pouco para ver se o mundo continuaria parado e então me levantei. 

Eu senti que aos poucos minhas forças retornavam, meus sentidos começaram a clarear, mas minha cabeça ainda martelava, o que estava me deixando completamente maluco. Agora, um pouco mais confiante, caminhei até a saída do beco. Nada no mundo poderia me preparar para a visão que eu estava prestes a vislumbrar. 

Estava frio, muito frio para aquele verão campeão de altas temperaturas, a rua estava completamente devastada, os carros estavam dispostos de forma caótica, as lojas estavam arrombadas e tinham suas vitrines quebradas, mas o que me fez gelar até a alma fora a quantidade de sangue que estava em todas as direções. 

Aquele instinto que a pouco me atingira, estava novamente gritando em meus ouvidos, mais forte do que antes, como se o cheiro acre do sangue o fortalecesse. Minha mente ainda estava paralisada pelo choque daquela visão, mas meu corpo começara a se mexer, como que por impulso, eu precisava trocar minhas roupas rasgadas e úmidas e precisava arrumar um jeito de me proteger.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Turbilhão

Como eu vou explicar como eu estou me sentindo se nem eu mesmo sei o que eu estou sentindo. Ansiedade? Medo? Esperança? Desejo? Não sei, talvez seja uma mistura de todas essas emoções e mais algumas outras. 

Não vou negar, passo o dia inteiro pensando em você, em como seria se você estivesse presente naquela festa, ou naquela outra, se eu pudesse ir a sua casa frequentemente e você a minha. Como seria sentir o seu abraço frequentemente, como seria ouvir o seu sussurro baixinho em meu ouvido, como seria sentir seus lábios junto aos meus. Como seria voltar a conversar com você todos os dias, sem a preocupação de falar alguma coisa que deixe o outro triste ou encabulado, voltar a trocar mensagens sempre que estivéssemos separados, voltar a sair juntos praticamente todos os dias, nem que fosse apenas para ficarmos sentados em algum lugar sem fazer muita coisa, apenas para adiar o momento de dizermos “adeus”. 

Hoje eu pensei sobre coisas nas quais eu não queria ter pensado, me perguntaram se o que eu sinto por você não seria apenas o que eu senti uma vez por outra pessoa e que como eu havia me decepcionado com ela, eu apenas transmiti esses sentimentos para você. Infelizmente eu cheguei a pensar que talvez fosse verdade, mas é em você que eu penso antes de dormir, é você que vaga meus pensamentos durante o dia, é você que eu quero ao meu lado, como isso seria algo falso? 

Muito tempo já se passou, mas eu ainda sinto por você o que eu sentia no inicio, em nenhum momento você saiu dos meus pensamentos. Um tempinho a trás, quando nós nos afastamos eu fiquei muito mal, posso não ter deixado esse fato a vista, mas a verdade é que a cada dia que se passava em que nós não nos falamos ou que as conversas foram rápidas e um tanto quanto secas, eu sentia como se você simplesmente não quisesse mais falar comigo, e isso me deixava extremamente deprimido. 

Mas algo aconteceu nesses últimos dias, ou melhor, poderia ter acontecido, se eu não fosse tão cauteloso e não pensasse tanto nas coisas, mas e agora que eu sei o que aconteceria, como eu posso continuar vivendo meus dias tranquilamente, se dentro de mim reina esse desejo louco de proximidade?