domingo, 25 de dezembro de 2011

Life Is A Cold War


Cold War - Janelle Monáe

So you think that I'm alone
That being alone is the only way to be
When you step outside
You spin like fire for your sanity

This is a cold war
You better know what you're fighting for
This is a cold war
Do you know what you're fighting for

If you want to be free
Feel the ground is the only place to be
'Cause in this life
You spend time running from depravity

This is a cold war
Do you know what you're fighting for
This is a cold war
You better know what you're fighting for
This is a cold war
You better know what you're fighting for
This is a cold war
Do you know what you're fighting for

When wings to the weak
and bring grace to the strong
make our legal stumble as it applies in the world
All the tripes come and the mighty will crumble
we must brave this night
and have faith in the world

I'm trying to find my peace
I was made to believe there's something wrong with me
And it hurts my heart
Lord have mercy ain't it plain to see

That this is a cold war
Do you know what you're fighting for
This is a cold war
You better know what you're fighting for

This is a cold....
This is a cold war
You better know what you're fighting for

Do you know? Is a cold...
Do you?
Do you?

Is a cold ...
You better know what you're fighting for

Bye bye bye bye, don't cry when you say goodbye?
Bye bye bye bye, don't cry when you say goodbye?

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

E Assim Nasceu...


Violão

Um dia eu vi numa estrada um arvoredo caído
Não era um tronco qualquer
Era madeira de pinho
E um artesão esculpia o corpo de uma mulher.

Depois eu vi pela noite
O artesão nos caminhos colhendo raios de lua
Fazia cordas de prata que, se esticadas, vibravam
O corpo da mulher nua.

E o artesão, finalmente,
Nesta mulher de madeira botou o seu coração
E lhe apertou contra o peito
E deu-lhe um nome bonito
E assim nasceu o violão.
Ana Carolina

sábado, 17 de dezembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap VI

Capitulo VI: Fiador 

Mesmo com toda a minha inteligência, eu não consegui prever tudo o que estava por vir. Seu nome era Giovanni Nicotari. 

Assim que nós começamos a conversar eu simpatizei com ele, mas algo me incomodava; eu não conseguia lê-lo. A cada tentativa minha de tentar compreender suas micro-expressões, mais neutro ele se tornava. Ou ele estava sendo completamente sincero, ou ele era um mentiroso perfeito, mas como até aquele momento eu nunca havia encontrado um mentiroso perfeito, resolvi acreditar em suas palavras. Para ajudar, a sua aparência fazia lembrar-me de alguém há muito esquecido, e isso me incomodava e tranquilizava ao mesmo tempo. 

Conforme a conversa foi fluindo, eu comecei a pensar que estava apenas sendo implicante com aquele senhor, e resolvi sair defensiva e ser simpática e sincera com ele. Conversamos durante o vôo inteiro; começamos a falar sobre nossas vidas e por coincidência ele também era cientista, só que dono de uma grande rede de laboratórios espalhados pelo mundo. Não acreditei que eu já havia trabalhado em dois de seus laboratórios, mas nunca havia me importado em conhecer meus patrões. 

O tempo passou incrivelmente rápido, o avião já pousava. Saímos do avião e continuamos a conversar até a porta do aeroporto. Eu estava com muita vontade de ver meus pais, mas não podia ser rude e deixar de ter a simpatia do meu novo investidor. Ele ainda queria manter contato, então eu fiquei com um de seus cartões e prometi entrar em breve. Entrei no primeiro táxi e pedi ao taxista para me levar até a casa dos meus pais. 

Assim que o carro partiu, me virei para trás e acenei para Giovanni. Eu havia encontrado a pessoa que bancaria todas as minhas pesquisas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

When I'll See You Again?


Don't You Remember


When will I see you again?
You left with no goodbye, not a single word was said,
No final kiss to seal any seams,
I had no idea of the state we were in,

I know I have a fickle heart and bitterness,
And a wandering eye, and a heaviness in my head,

But don't you remember?
Don't you remember?
The reason you loved me before,
Baby, please remember me once more,

When was the last time you thought of me?
Or have you completely erased me from your memory?
I often think about where I went wrong,
The more I do, the less I know,

But I know I have a fickle heart and bitterness,
And a wandering eye, and a heaviness in my head,

But don't you remember?
Don't you remember?
The reason you loved me before,
Baby, please remember me once more,

Gave you the space so you could breathe,
I kept my distance so you would be free,
And hope that you find the missing piece,
To bring you back to me,

Why don't you remember?
Don't you remember?
The reason you loved me before,
Baby, please remember me once more,

When will I see you again?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap V

Capitulo V: Primeiro Erro 

Cinco anos haviam se passado desde que meu crescimento havia parado, eu já havia viajado o mundo inteiro e já havia feito algumas descobertas em relação a minha condição. Primeiro, eu descobri que meus genes eram um pouco deferentes dos das pessoas normais, por algum motivo que eu desconhecia, meus genes estavam dispostos em uma ordem diferentes dos demais e graças a isso eu havia nascido dessa maneira. Segundo, eu havia parado completamente meu crescimento físico, mas em compensação meu crescimento mental havia acelerado ainda mais e graças a isso, eu já conseguia utilizar 50% do meu celebro, o que em pessoas normais, raramente ultrapassa os 10%. 

Por onde quer que eu passasse, atraia olhares admirados e surpresos, isso devido a minha cor de pele e a cor do meu cabelo. Em meus cinco anos de viagens pelo mundo, eu nunca havia encontrado ninguém que possuísse um tom de cabelo que fosse igual ao meu. Mas em meio aqueles olhares eu começava a notar olhares de cobiça também, eu nunca tinha me importado antes com isso, pois eu tinha olhos apenas para as minhas pesquisas, mas nesses cinco anos eu aprendera a separar um pouco de tempo para a diversão e nesses períodos fora do laboratório eu aprendera a diferenciar esses olhares. 

Eu já estava com saudades da minha família e ansiava por voltar e rever meus pais. Preparei tudo para a viagem, deixei o laboratório onde trabalhara no último ano e comprei passagens para casa. O vôo demoraria algumas horas, sentei em minha poltrona e coloquei os fones de ouvido, após alguns minutos eu percebi que o senhor ao meu lado olhava para mim de vez em quando com olhares de curiosidade e eu decidi conversar com ele, afinal ele era um senhor de idade e aparentava ser uma boa pessoa.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap IV

Capitulo IV: Criação

Conforme o tempo passara, eu fora crescendo cada vez mais, e minha infância fora cheia de exames, medicações e experiências, afinal os médicos nunca haviam visto algo igual. No começo eu sentia medo e não gostava de ir a hospitais e de fazer aqueles constantes exames, e muito menos de tomar aqueles medicamentos, mas conforme meu crescimento físico e mental avançava, fora crescendo dentro de mim a necessidade de obter conhecimentos. 

Meus pais sempre tiveram problemas na hora de me matricular em escolas normais, pois ninguém me queria por perto, e por esse motivo eu começara a estudar em casa, mas com tantas idas e vindas de hospitais e de todos aqueles experimentos e contatos com cientistas, mas principalmente da vontade que eu tinha de saber o que realmente eu era, afinal estava bem claro que eu não era uma pessoa normal, eu começara a participar das conversas com os cientistas e a estudar tudo o que eles faziam comigo. 

Os anos se passaram e quando eu completara meus 10 anos, eu já estava com a aparência de uma mulher de 20 anos; esbelta, bela e muito admirada pelos homens a minha volta. Mesmo recendo muitas bajulações de todos, eu simplesmente não me importava e nem me impressionava com nada disso, a única coisa com que eu me importava agora era estudar cada vez mais para que um dia eu pudesse descobrir o que acontecia comido. 

Tão misteriosamente quanto começou, meu crescimento físico parou. Esse fato pegou de surpresa a todos nós, mas foi um grande alívio para mim e para meus pais, afinal, isso significava que meu tempo de vida fora prolongado. Mas para meu alívio, meu crescimento mental continuava a crescer. Agora, sem a preocupação de morrer de velhice com 30 anos, eu decidira sair pelo mundo para estudar outras espécies e tentar compreender melhor a vida em sua essência.

sábado, 26 de novembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap III

Parte II - Brittany Evans

Capitulo III: Aberração 

Meus olhos pousavam sobre toda a cidade, afinal eu estava na cobertura do maior edifício dali; e graças ao binóculo que eu havia projetado tempos atrás, eu consegui ver tudo o que acontecia na superfície. Aquilo já se tornara um hábito. Dia após dia eu subia ali e ficava a observar a cidade. Eu me recusava a admitir, mas aquilo era para mim um modo de me redimir e tentar corrigir o erro do qual eu nunca esqueceria, pois fora o primeiro erro da minha vida, e também para procurar pelo meu segundo erro... 

Desde muito pequena eu já sabia que era uma pessoa bem diferente dos demais. Meus pais sempre foram muito amáveis comigo, mas não souberam como lidar com a minha situação. Não os culpo por isso. Digamos que não tenha sido... Fácil. 

Eu nasci mais branca que qualquer pessoa normal, praticamente albina. O que impedia que qualquer médico dissesse que eu era albina era a cor dos meus cabelos, que desde que nasci são de um vermelho vibrante, lisos e longos. Mas se fosse apenas isso que me diferenciasse das outras pessoas, eu até que me consideraria normal, apenas um pouco diferente, mas eu era praticamente uma aberração. 

Meu crescimento físico era acelerado, mas o que mais surpreendera meus pais foi meu crescimento mental. Aos três meses, já com o tamanho de uma criança de seis meses, eu já dissera minhas primeiras palavras, e aos quatro meses eu já conseguia me fazer entender. Aos cinco meses eu já arriscava ficar sobre minhas próprias pernas e aos seis meses eu conseguia andar tranquilamente. Ninguém pode lidar bem com uma situação como essa.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap II

Capitulo II: Passado e Vício 

Quando dei por mim eu estava andando na direção de uma loja de roupas a poucos metros do beco de onde eu havia despertado. Eu precisava de roupas resistentes, afinal eu não sabia o que estava por vir e eu precisava estar preparado. Primeiro eu peguei um coturno preto que estava logo à vista, peguei uma calça jeans cinza e uma camisa básica preta, procurei pela loja, mas não vi nenhuma jaqueta de meu agrado. 

Depois de me vestir, estava prestes a sair da loja quando passei por um espelho e parei por um instante. Pensamentos começaram a fluir pela minha mente, eu estava muito diferente do que eu me lembrava, meu cabelo estava mais comprido e meus músculos estavam maiores, como se meu corpo houvesse avançado no tempo e melhorado também. Comecei a lembrar da vida que eu levava antes que o mundo inteiro virasse de cabeça pra baixo. Bom, não só virou de cabeça pra baixo como deu uma sacudida, só pra desarrumar mais ainda. Virar mais 180 graus não ia fazer nada daquilo voltar ao normal. 

Eu vivia de pub em pub, tocando violão, ganhando algum dinheiro e no instante seguinte gastando com cigarros e vodca. Lembrando dos cigarros e sentindo minha garganta implorar por um maço inteiro, continuei andando por aquela rua pós-apocaliptica, quando vi a moto parada na frente de uma tabacaria. Tabacarias, sempre salvando a minha vida. Examinei a moto com cuidado, era uma Midnight Star e ela era perfeita. Quando dei uma volta ao redor dela, encontrei pendurado um casaco de couro preto. Também perfeito. Parece que afinal o mundo pós-apocaliptico não era tão ruim assim. 

Depois de colocar o casaco, examinei os bolsos para ver se encontrava algo de importante. Bolso externo, chaves, nada poderia ser melhor. Em um dos bolsos internos encontrei algo que o formato eu já conhecia muito bem, dos meus tempos de pub. Uma carteira de Marlboro vermelho, praticamente cheia. Tudo o que eu precisava era um isqueiro. Sorri comigo mesmo e forcei um pouco a porta da tabacaria, que parecia apenas um pouco emperrada. Procurei entre as prateleiras e achei o que eu estava procurando, um Zippo novinho e cheio. Fui até o caixa e peguei mais duas carteiras de Marlboro vermelho, e coloquei nos bolsos internos. Sai da tabacaria e subi na Midnight, que passara a ser minha, ascendi um cigarro, liguei a moto e sai dali a toda. Agora só faltavam as armas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mistakes and Consequences - Cap I

Parte I - Alex Turner

Capitulo I - Choque

Acordei com uma baita dor de cabeça, meus olhos ardiam e meus sentidos estavam completamente desnorteados. Eu continuei ali deitado sem noção do tempo, minha cabeça continuava a latejar incessantemente, mas eu sabia que não deveria ficar ali por muito tempo, eu sentia que precisava me levantar e sair dali o quanto antes. Abri os olhos, mas não consegui enxergar nada, meus olhos estavam completamente embaçados, pisquei várias vezes até começar a lacrimejar e abri os olhos mais uma vez, dessa vez eu consegui dar uma olhada ao meu redor. 

Eu me encontrava no final de um beco sem saída, os edifícios ao meu redor eram altos e aparentavam ser muito velhos, mas o que mais me chamou a atenção fora o céu, ele estava preto, completamente preto, sem estrelas, sem lua, como se não houvesse nada lá fora. Tentei me levantar, mas o mundo ao meu redor girou e eu fui ao chão novamente, respirei fundo algumas vezes e tentei mais uma vez, mais devagar dessa vez, primeiro tentei me sentar, esperei um pouco para ver se o mundo continuaria parado e então me levantei. 

Eu senti que aos poucos minhas forças retornavam, meus sentidos começaram a clarear, mas minha cabeça ainda martelava, o que estava me deixando completamente maluco. Agora, um pouco mais confiante, caminhei até a saída do beco. Nada no mundo poderia me preparar para a visão que eu estava prestes a vislumbrar. 

Estava frio, muito frio para aquele verão campeão de altas temperaturas, a rua estava completamente devastada, os carros estavam dispostos de forma caótica, as lojas estavam arrombadas e tinham suas vitrines quebradas, mas o que me fez gelar até a alma fora a quantidade de sangue que estava em todas as direções. 

Aquele instinto que a pouco me atingira, estava novamente gritando em meus ouvidos, mais forte do que antes, como se o cheiro acre do sangue o fortalecesse. Minha mente ainda estava paralisada pelo choque daquela visão, mas meu corpo começara a se mexer, como que por impulso, eu precisava trocar minhas roupas rasgadas e úmidas e precisava arrumar um jeito de me proteger.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Turbilhão

Como eu vou explicar como eu estou me sentindo se nem eu mesmo sei o que eu estou sentindo. Ansiedade? Medo? Esperança? Desejo? Não sei, talvez seja uma mistura de todas essas emoções e mais algumas outras. 

Não vou negar, passo o dia inteiro pensando em você, em como seria se você estivesse presente naquela festa, ou naquela outra, se eu pudesse ir a sua casa frequentemente e você a minha. Como seria sentir o seu abraço frequentemente, como seria ouvir o seu sussurro baixinho em meu ouvido, como seria sentir seus lábios junto aos meus. Como seria voltar a conversar com você todos os dias, sem a preocupação de falar alguma coisa que deixe o outro triste ou encabulado, voltar a trocar mensagens sempre que estivéssemos separados, voltar a sair juntos praticamente todos os dias, nem que fosse apenas para ficarmos sentados em algum lugar sem fazer muita coisa, apenas para adiar o momento de dizermos “adeus”. 

Hoje eu pensei sobre coisas nas quais eu não queria ter pensado, me perguntaram se o que eu sinto por você não seria apenas o que eu senti uma vez por outra pessoa e que como eu havia me decepcionado com ela, eu apenas transmiti esses sentimentos para você. Infelizmente eu cheguei a pensar que talvez fosse verdade, mas é em você que eu penso antes de dormir, é você que vaga meus pensamentos durante o dia, é você que eu quero ao meu lado, como isso seria algo falso? 

Muito tempo já se passou, mas eu ainda sinto por você o que eu sentia no inicio, em nenhum momento você saiu dos meus pensamentos. Um tempinho a trás, quando nós nos afastamos eu fiquei muito mal, posso não ter deixado esse fato a vista, mas a verdade é que a cada dia que se passava em que nós não nos falamos ou que as conversas foram rápidas e um tanto quanto secas, eu sentia como se você simplesmente não quisesse mais falar comigo, e isso me deixava extremamente deprimido. 

Mas algo aconteceu nesses últimos dias, ou melhor, poderia ter acontecido, se eu não fosse tão cauteloso e não pensasse tanto nas coisas, mas e agora que eu sei o que aconteceria, como eu posso continuar vivendo meus dias tranquilamente, se dentro de mim reina esse desejo louco de proximidade?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Bateu Saudade



Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho
Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho
E um filhote de leão raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
E o meu coração é o sol, pai de toda cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu
Gosto de ficar no sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba
Gosto de ficar no sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar.
O Leãozinho - Armandinho

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Why...

Agora, mais do que nunca, eu me pergunto: O que me levou a me apaixonar por você? Eu, como sempre, não sei a exata resposta, mas sei por onde começar a procurar. 

Sempre que eu começo a pensar do por que de eu ter me apaixonado por você, me vem à cabeça uma única coisa: carência. Eu havia acabado de me decepcionar muito com outra pessoa, pela completa indiferença que ele apresentara em relação aos meus sentimentos, e eu havia alimentado esses sentimentos por muito tempo, e ouso dizer que esta época fora a melhor e a mais produtiva deste Blog. 

Logo após eu me sentir destruído você apareceu, e nós começamos a construir uma amizade. Você não tem noção de como eu sinto falta daqueles nossos jogos de Ping Pong, naquela época não havia nada entre nós, talvez apenas um leve “coleguismo”, mas desde então a sua presença já me fazia muito bem. 

O tempo passou e a sua fofura e o seu jeito de ser me conquistaram. Em um determinado ponto, eu descobri que você estava namorando, mas você estava feliz e por consequência eu também, mesmo sabendo que a cada dia que se passava mais improvável se tornava a possibilidade de nós ficarmos juntos. 

Então vocês terminaram, e você mudou, ficou extremamente triste, e o pior de tudo, se afastou de mim. Agora, já sem a sua presença que me fazia tão bem, eu ficava mais triste a cada dia que se passava. Não aguentei mais e desabafei, você me disse que a culpa não era minha, e que você não se afastara de mim, mas de todos. 

Mesmo depois de te contar como eu me sentia, eu vi que praticamente nada mudara, ou quem saiba tenha até piorado. Eu não aguento ficar sem respostas, odeio ver que há outra pessoa que há pouco você conhece, mas que já tem muito mais liberdades com você do que eu jamais tive e que possui muito mais a sua atenção. Desculpe, mas eu sou egoísta. 

Eu sinto a necessidade de partir, de continuar em frente, de largar esses laços que me prendem a você, mas que tanto me machucam. Responda-me uma coisa: por que eu não consigo?

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

When The Day Met The Night

Quando a Lua se apaixonou pelo Sol, tudo era dourado no céu. Tudo era dourado quando o dia encontrou a noite... 

Foi no meio do verão, quando parecia que não mais aguentaria, que ele a avistou bebendo chá em seu jardim debaixo dos guarda-chuvas das árvores. Foi no meio do verão, quando bebia chá em seu jardim, que ela o avistou cabisbaixo, parecendo que mal conseguiria aguentar, mas ao cruzarem seus olhares, algo os conectara e suas vidas foram salvas. 

No meio do verão, tudo era dourado no céu. Tudo era dourado quando o dia encontrou a noite... 

Aproximaram-se e então ele disse: “Estaria tudo bem se nós sentássemos e conversássemos um pouco e em troca do seu tempo eu te desse meu sorriso?” 

Olhando em seus olhos ela respondeu: “Está tudo bem, se você prometer não quebrar meu pequeno coração ou me deixar sozinha no meio do verão.” 

Ele estava apenas andando à toa, então se apaixonou e não sabia como, mas ele não conseguia sair, ele não queria sair.

No meio do verão, tudo era dourado no céu, tudo era dourado quando o dia encontrou a noite. Tudo era dourado no céu quando a Lua se apaixonou pelo Sol.

When The Day Met The Night - Panic! At The Disco

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sabe, cansei de sorrir.




Sorri
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos
Sorri
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

Retrospectiva

Não escrevo a um bom tempo, por simplesmente não ter sobre o que escrever, mas se eu for pensar bem, ainda não tenho sobre o que escrever. 


Não sei se eu cheguei a comentar aqui, mas eu estive apaixonado(?) por uma pessoa muito amiga minha, e dessa vez fora completamente diferente de todas as outras vezes, nesta vez foi de uma simplicidade um tanto quanto assustadora(?). Nas demais vezes que eu me apaixonei fora tudo maravilhoso, eu ficava a delirar com as possibilidades e com as improbabilidades, mas nesta eu estava simplesmente conformado; conformado que amasse a outro, que visse a mim somente como um amigo, que simplesmente estivesse em meu campo de visão. 

O tempo passou e eu continuo querendo as mesmas coisas, continuo conformado com as mesmas coisas, mas eu acho que este sentimento mudou, não sei dizer, pois desde o começo eu não soube o que ele era, mas eu sei que sinto um enorme carinho por esta pessoa, e sei ~espero~ que esta pessoa compreenda isso.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Devaneios - parte IV

No domingo eu havia saído com os meus pais, fomos à casa do meu avô por parte de mãe. Fui almoçar na casa dos meus avós no domingo, o que na verdade eu e meus pais fazíamos com alguma frequência. Eu tinha muitos tios e, consequentemente, muitos primos, alguns que eu mal falava, outros que eu tinha mais intimidade. Sempre que eu ia àquela casa uma boa parte dos meus primos estavam sempre presentes. O mais engraçado é que eu nunca parei para contar quantos primos eu realmente tinha. Mas toda a vez que eu ia para lá, na minha infância, sempre tive com quem conversar e brincar, mas depois de uma certa idade fui me distanciando dos primos mais novos, e passei a ficar mais perto dos adultos. Coisas de adolescente “crescido”. 

Naquele domingo em especial eu estava distante de todos. Logo após o almoço eu saí da mesa e me dirigi para frente da casa, lá havia uma árvore enorme na qual minha avó passava as tardes ensolaradas sobre a sua sombra. Aquela tarde não estava ensolarada, fazia até mesmo um pouco de frio, mas para mim estava perfeito, então me sentei na base da árvore, fechei os olhos e fiquei a pensar. Naquele local não havia ninguém com quem eu pudesse dividir o que estava se passando dentro de mim, naquele exato momento eu me sentia como se eu não conhecesse ninguém ali e que ninguém me conhecia de fato. 

Sem que eu percebesse, Renata, uma das minhas primas mais intimas, foi quem justamente foi falar comigo depois do almoço, quando resolvi, naquela tarde amena, sentar sozinho embaixo da árvore. Ela puxou assunto, disse que havia notado que eu estava lá sozinho, com uma carinha confusa e triste, eu me espantei com o fato de ela ter ido até mim e que soubesse que alguma coisa me atormentava. Eu e Renata sempre nos falamos, e muitas vezes ela me ajudava quando eu precisava, na escola e coisas assim, mas nunca demonstrou interesse sobre os meus pensamentos, mas naquele momento ela havia vindo a mim e eu decidi que deveria me abrir com ela e que eu poderia confiar nela. 

Eu contei que eu havia conhecido um garoto a pouco tempo atrás e que ele havia despertado a minha curiosidade num primeiro momento, mas depois de conversarmos um pouco ele começava a despertar um interesse diferente em mim, e falei sobre como meu corpo agia perante ele. Ela falou que na minha idade era normal que algumas pessoas começavam a descobrir interesses diferentes e que não havia nada de errado com isso, só que eu deveria pensar no que eu realmente queria para que eu não me arrependesse depois e que eu não ficasse me prendendo demais, pois eu também poderia me arrepender do que eu deixasse de fazer. 

Logo após essa conversa ela se levantou e disse que iria ajudar as minhas tias, me beijou a testa e disse que gostava muito de mim e que eu poderia contar com ela para o que fosse necessário. Eu me juntei aos outros pelo resto do dia e depois eu e meus pais fomos para casa. Eu estava me sentindo muito melhor.



Créditos a Sarah linda que está me ajudando muito, principalmente na  correção ortográfica.

sábado, 23 de julho de 2011

Devaneios - parte III

No sábado, assim que eu terminei de almoçar me dirigi à praça, ele não estava naquele primeiro local onde eu havia o visto e nem sentado ao lado do meu balanço. Fiquei ouvindo música e pensando no quão tolo eu estava sendo, eu havia ficado triste por ele não estar lá naquele momento. Fechei os olhos e viajei em meus pensamentos, como estava acostumado a fazer naquele local. Após o que havia me parecido um longo período de tempo eu ouço o barulho do balanço ao meu lado, abri os olhos e olhei para o lado, e lá estava ele novamente, olhando fixamente para mim, com aqueles olhos verdes encantadores. 

Assim que eu olhei dentro daqueles olhos, me pareceu que tudo havia perdido a graça ao meu redor, tudo o que importava eram aqueles olhos, tudo o que eles transmitiam. Meu coração havia acelerado de uma hora para outra, minha respiração estava ofegante, e eu sentira que estava tremendo um pouco. Desviara o meu olhar do dele, para tentar esconder o que havia acontecido comigo, e começara a reparar nele por completo. Naquele sábado não estava tão frio quanto os outros dias, ele estava usando uma camisa básica de mangas compridas, só que desta vez preta, um jeans um pouco apertado, um Vans e no pescoço usava um cachecol branco, o cabelo novamente bagunçado. Presumi que ele gostava do estilo arrumadinho, mas desleixado. 

Não me segurei e o cumprimentei sorrindo, como se eu fosse um retardado, ele sorriu e me cumprimentou de volta, nos balançamos um pouco e ele começou a puxar papo. Eu, que não sabia o que estava fazendo, apenas ia respondendo as perguntas e conforme a conversa ia perdurando, eu ia começando a questioná-lo também. Descobri que ele havia se mudado para a vizinhança poucos dias antes da primeira vez que nos encontramos, a casa dele era bem perto da minha, descobri também que ele era da minha idade e que nosso gosto musical era praticamente o mesmo. Durante aquela tarde eu não pensava sobre o que era certo ou errado, no que as pessoas falariam de mim e no que realmente estava acontecendo comigo, eu havia apenas deixado a conversa fluir. 

Conforme a conversa fluía, nós nos conhecíamos melhor e o tempo corria, quando nos demos conta do horário já estava na hora do jantar, e nós dois devíamos ir para casa. Nossa casa era realmente muito próxima, algumas poucas ruas de distância, de modo que quase todo o caminho nós seguimos juntos, continuamos a conversa, falávamos sobre tudo, sobre futebol, vídeo games, escola, amigos, foi uma conversa típica de garotos, descontraída.

A minha casa era a mais próxima da praça, assim que chegamos à esquina da minha rua ele me apontou uma esquina a duas ruas de distância e me disse que a casa dele ficava naquela rua e que era para eu ir até lá a qualquer hora, eu disse que talvez eu aparecesse e ele sorriu para mim, como se estivesse satisfeito com a resposta. Estava na hora de nos despedirmos e nós apertamos as mãos, por um instante me ocorreu que tanto eu quanto ele não queríamos largar da mão um do outro, mas aquela sensação passou e seguimos cada um para a sua casa.

domingo, 3 de julho de 2011

Devaneios - parte II

As aulas haviam finalmente chegado ao seu fim e eu tinha três semanas de férias pela frente, o inverno havia chegado e já estava fazendo um friozinho gostoso e aconchegante. Eu estava com saudade de passar minhas tardes me balançando naquela pracinha, estava precisando relaxar e lá era o melhor local para isso. Com tantas coisas acontecendo na escola eu havia me esquecido completamente daquele garoto, mas ao voltar para a pracinha dou de cara com ele. Ele estava sentado no balanço ao lado do meu, e agia como se estivesse esperando por alguém, não compreendi exatamente por quem ele estava esperando. 

Fui em direção ao balanço e educadamente pedi licença e me sentei no banco que era meu, achei aquela situação um pouco estranha, eu estava pedindo licença a um estranho para poder me sentar no balanço que pertencia a mim, apenas por ele estar sentado ali ao lado. Ele vestia aquele mesmo Nike clássico, uma calça jeans um pouco apertada e um suéter cinza escuro com alguns detalhes em azul marinho, vestia também um cachecol azul marinho, como que para combinar com o suéter, e havia cortado o cabelo, estava mais curto e repicado, ele havia deixado o cabelo um pouco bagunçado, transmitindo um ar desleixado, contrariando a roupa que estava combinando. Surpreendi-me com o fato de eu estar prestando atenção naquele garoto que eu mal conhecia e ainda mais por perceber que ele havia cortado o cabelo.


Por um longo tempo ficamos apenas nos balançando, cada um no seu ritmo e com seus próprios pensamentos. Eu estava procurando um motivo que explicasse o fato de eu estar me sentindo envergonhado e tímido ao lado daquele garoto, quando ele olha para mim e me cumprimenta como se nós acabássemos de nos encontrar. Ele se apresentou como Gustavo e sorriu para mim, não sei descrever o que estava se passando na minha mente naquele momento, mas eu simplesmente sorri e disse-lhe meu nome também, nossos olhares se cruzaram e nós os desviamos envergonhados. Eu não sabia o que estava se passando comigo, aquilo nunca havia acontecido comigo, ainda mais com um garoto, eu não sabia o que fazer, baixei a cabeça, disse que tinha que ir para casa e sai correndo. 

Passei o resto do dia no meu quarto pensando no que estava acontecendo, no que eu estava fazendo, isso era certo? Sentir-me assim por causa de um garoto? O que os meus amigos pensariam de mim? O que eles falariam de mim? E meus pais? Eles ficariam chateados comigo? Ficariam zangados comigo? Expulsariam-me de casa? Todas essas dúvidas passaram pela minha cabeça e quando eu finalmente caí no sono tive alguns pesadelos.

Tentei me distrair nos dias que se passaram, mas por mais que eu tentasse a imagem daquele garoto sempre vinha a minha mente, não sabia mais o que fazer para tentar parar com isso, afinal eu nem sabia o que estava sentindo, muito menos se era correto. No final de semana eu não aguentava mais aquela situação, tinha que decidir o que iria fazer, e decidi por voltar à pracinha.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Entrevista com o "Hippie"

Sérgio Rodrigues tem 29 anos de idade, nasceu em Brasília, mas atualmente residi em Florianópolis com a mulher e o casal de filhos. Sérgio é Artesão há nove anos, começou no ano de 2002, diz que aprendeu a arte na rua, com os demais Artesões. Mesmo quando era apenas uma criança, já admirava a arte, mas nunca pensou que realmente poderia aprender e muito menos sustentar a família com essa arte. 

Sérgio diz que viajava muito, ficava em uma cidade por cerca de 15 a 30 dias, mas já ocorreu de ele ir embora de uma cidade no mesmo dia que havia chegado. Diz que já viajou por cerca de 18 estados brasileiros, mas nem sempre foi para vender seus artigos, mas também para comprar matérias prima, algumas sementes especificas de um certo estado para fazer colares ou pingentes, penas de algumas aves que são naturais de um outro estado para fazer brincos e alguns acessórios femininos ou ainda pedras como a Ametista, o Lápis-lazúli e o Topázio Rosa que ele usa para fazer bijuterias e enfeitar alguns outros trabalhos. Ele confessa que diminuiu a frequência de suas viagens por causa de sua mulher e seus filhos. 

Ele desabafa que a maior das dificuldades encontradas ao longo desses nove anos que ele trabalha como Artesão é repressão da Policia, da Assistência Social e até mesmo da Sociedade, ele conta que sempre que vai a uma loja os vendedores não acreditam que ele tenha dinheiro para comprar alguma coisa, em supermercados ficam a vigiá-lo, pensando que ele possa roubar alguma mercadoria, ou até mesmo quando ele quer alugar uma casa, ou um quarto nas cidades por quais viaja e mesmo com o dinheiro na mão os proprietários inventam desculpas para não alugarem os imóveis. Sérgio conta que outro grande problema é o perigo de se estar na rua, principalmente à noite, ele conta que já levou pedrada na cabeça em uma noite em São Paulo. Outro incomodo que ele tem que aturar é a Policia, que muitas vezes o expulsa dos lugares em que ele está vendendo os artigos, ou até mesmo os confisca para levar aos Fiscais e se caso ele tente argumentar, corre o risco de ser preso por desacato a autoridade. 

Ao ser questionado se ele mesmo se considerava um Hippie, ele conta que não, que ele é um Artesão e não um Hippie, mas todos acabam se confundindo, ele diz que os Hippies eram bem paz e amor, não usavam couro, não comiam carne e usavam todo tipo de drogas, ele fala que os Artesões não são assim, eles simplesmente vendem os seus artesanatos, são os “Malucos da BR”, vivem na estrada, na rua, dormem em “Mócos”, são quaisquer lugares onde eles possam deitar para dormir, são as pessoas que vivem do seu artesanato, da sua arte. 

Sérgio diz que a melhor parte de se viajar pelo país vendendo o seu artesanato é que ele pode conhecer pessoas novas, lugares novos, culturas diferentes, aprender coisas que não aprenderia se ficasse a vida inteira em uma mesma cidade, como outra pessoa qualquer. Ele conta também que se não fosse pelo preconceito e a repressão recebida por eles, Artesões, da sociedade em geral, qualquer pessoa seria capaz de viajar pelo país apenas com o dinheiro que arrecadasse da venda de seus artesanatos.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Devaneios - parte I

Estava com vontade de escrever e não sabia sobre o que eu poderia escrever, comecei a foliar o caderno e achei um texto que eu havia escrito, o inicio de uma história que eu estava começando a contar, mas que por falta de inspiração havia parado, agora tomo novamente a narrativa desta história com a intenção de contá-la até o fim. Espero que vocês gostem da narrativa e que comentem sobre ela, mas cabe a vocês descobrirem se é uma história verídica, ou se é apenas mais um devaneio da minha mente, mas lembrem-se que para criar algo precisamos de fatos para nos basear, boa leitura.


Encontrava-me olhando para o céu avermelhado de um lindo final de tarde de outono. Despertei de uma de minhas viagens ao meu mundo de fantasias, no qual tudo o que eu desejava se tornava realidade, olhei ao meu redor, não avistava ninguém. Passei a tarde inteira naquela pracinha que me atraia tanto, era uma pracinha muito comum, com árvores para todos os lados, um campinho de futebol, alguns brinquedos, bancos espalhados pelas extremidades, algumas mesinhas de dama e xadrez, ou seja, como qualquer outra praça, mas o que me levava a ir aquela praça em especifico, era que pouquíssimas pessoas circulavam por ali, eram tempos corridos, onde ninguém se dava ao prazer de passar um tempo ao ar livre com seus filhos, ou amigos. E por causa disso, me era permitido ficar a sós com meus devaneios. 


Decidi que já estava na hora de voltar para casa, levantei-me do balanço e cruzei a praça em direção a minha casa, quando me dei conta de que não era o único ali. A minha primeira reação foi de espanto e medo, pelo simples fato de eu não ter notado aquela presença durante a tarde inteira e que ela pudesse me fazer algum mal, após alguns segundos me senti mais calmo, tentei lembrar-me do momento que eu havia chegado à praça com a intenção de verificar se eu havia visto algo de diferente, não consegui me lembrar. 

O balanço no qual eu sempre me sentava, ficava no fundo da pracinha, deste local eu possuía uma visão um tanto quanto privilegiada de quase toda a praça, mas havia um local, uma pequena área, que eu não enxergava praticamente nada, e era esse o local onde ele se encontrava. 

Passei por aquele local o mais de vagar que eu pude em uma caminhada tranquila, tentei juntar o máximo de informações sobre aquele garoto desconhecido que eu nunca havia notado, em um lugar praticamente abandonado, do qual eu achava ser o único frequentador. Ele estava sentado em um banco, de cabeça baixa, parecia estar entretido com algum pensamento, tinha os cabelos castanhos escuros escorridos, de modo a esconder o rosto, usava uma camisa branca básica de mangas compridas, uma calça jeans e um Nike clássico preto. 

Quando eu estava quase saindo da praça senti que ele havia me notado e que estava me olhando, virei o rosto e o olhei de forma curiosa e questionadora, ele havia se endireitado e o seu cabelo havia escorrido de modo que apenas a franja repousava sobre sua testa quase chegando aos olhos, seus olhos eram verdes muito claros e lindos, seu nariz era perfeito e a sua boca era um tanto quanto carnuda, mas não exageradamente. Ele me olhava de forma intensa e também questionadora. Fitei aqueles olhos por alguns segundos e depois me virei e segui o caminho de casa. 

Voltei à praça no dia seguinte, eu realmente gostava de passar minhas tardes por lá, era tranquilizador e muito agradável, mas não irei mentir, naquele dia havia outro motivo, eu queria encontrar aquele garoto novamente, mas como se apenas para me contrariar, ele não estava lá, verifiquei a praça inteira para ter certeza desta vez. Fiquei um tanto quanto decepcionado, mas de qualquer jeito me sentei no meu lugar de costume, o balanço, e fiquei a delirar a tarde inteira sobre quem poderia ser aquele garoto, eu nunca o havia visto pela vizinhança, nem na escola ou em qualquer outro lugar, eu me lembraria caso houvesse visto-o anteriormente.

Já havia começado a escurecer quando eu decidi que era hora de eu voltar para casa, passei novamente pelo local que eu o havia visto no dia anterior, mas ainda assim nem sinal de que ele pudesse ter estado ali naquele dia, continuei meu caminho para casa. Havia alguma coisa naquele garoto que me fazia continuar pensando nele, e eu não sabia o que poderia ser, era estranha, aquela sensação, eu não sabia o que pensar a respeito e nem o que eu deveria fazer e muito menos se eu devia estar pensando em alguém completamente desconhecido para mim, ainda mais um garoto. Nos dias que se sucederam eu não voltei a pracinha, pois estava ocupado com a escola, estávamos na reta final do semestre e haviam muitas provas para quais estudar, muitos trabalhos para entregar, e com isso tudo eu acabei passando minhas tardes em casa estudando.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Simplesmente não sei

Cheguei à conclusão que o que eu gosto mesmo é de sofrer, não tem outra explicação. Meu cupido deve ter vindo com algum problema de fábrica, ele sempre me faz gostar das pessoas mais lindas, fofas e perfeitas que eu conheço, até ai tudo bem, mas ele sempre se esquece de fazê-las gostarem de mim também. 

Não sei o que eu estou sentindo nesse exato momento, não sei nem o que escrever, como escrever. O que é isso? Angústia? Temor? Uma mistura dos dois? Não sei, talvez. Estou assim por causa do que eu li, não vou mentir, já sabia que eu não sou aquele por qual você nutre seus sentimentos, já sabia que os textos que você escreve não são para mim, como poderiam ser? Mas ver o que você escreve em relação a ele é pior do que apenas imaginar. 

Acho que não tenho o direito de me sentir assim, afinal, fui avisado, “Eu gosto de você, mas apenas como amigo”, eu juro que tentei pensar o mesmo em relação a você, tentei mesmo, o problema é que eu não consegui, e não conseguirei. Talvez, quem sabe, um dia eu me acostume a apenas ter a sua presença ao meu lado como a de outra pessoa qualquer, que você sente por outro o que eu sinto por você, que você jamais olhará para mim com outros olhos. 

Falar é fácil, pensar que no futuro tudo se resolverá é mais fácil ainda, o grande problema está no agora, o que eu devo fazer? Como eu devo agir? O que eu faço em relação ao que eu sinto por você? Devo simplesmente me contentar que você ama outra pessoa e que por mim nada parecido? 

Falei que não desistiria de conquistar você, afinal, eu realmente gosto de você, não posso negar isso, mas agora a dúvida me assola, será que não seria mais fácil e menos doloroso eu apenas deixar você seguir o seu caminho e eu seguir o meu? Não seria mais fácil se eu me contentasse apenas em ser seu amigo? Pode até ser que fosse mais fácil e menos doloroso, mas alguma vez alguém se orgulhou de algo que tenha ganhado sem medir esforços? Que não tenha sofrido para conquistar? Que valor a pessoa daria para algo assim? Irei lutar, irei sofrer, irei me decepcionar, mas no final não irei me arrepender.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Sem Controle

Odeio quando eu simplesmente não sei como proceder, isso me tira do sério, me deixa preocupado, angustiado. Eu gosto de tudo aquilo no qual eu possa estar no comando, que eu tenha algum tipo de controle, e ultimamente não tem acontecido isso na minha vida, e principalmente nos meus sentimentos. 


Sabe quando você não sabe o que está sentindo? Ou pior, quando você sabe o que está sentindo, mas não sabe o que fazer com esse sentimento? Ou ainda pior, quando você sabe o que está sentindo, sabe o que você deseja fazer em relação a esse sentimento, mas simplesmente não recebe uma resposta favorável a você? Se você sabe o que é isso, então você sabe mais ou menos como eu estou me sentindo. 

Eu nunca esperei de nós, mais do que a simples amizade, ou pelo menos é o que eu tento dizer a mim mesmo, como se fosse uma maneira de me manter consciente e de fazer com que eu não sofra tanto, isso pode até ser verdade, mas o meu subconsciente quer muito mais. Não vou mentir, eu já me forcei a te esquecer, me forcei a sair pelo menos um pouco de perto de você, de parar de pensar em você, mas simplesmente não consigo, é mais forte que eu. 

Fiquei mais ou menos um mês tentando te esquecer, me afastei de você, tentei não pensar em você. No começo eu consegui, acho que eu estava mais ligado nos problemas dos outros, quase não falei sobre mim, sobre o que eu estava sentindo ou pensando, foi bom, mas depois de um tempo, eu fiquei sem o que pensar, sem o que refletir, foi ai que você voltou a minha mente. O mais engraçado disso, ou não, é que isso aconteceu logo na véspera do Dia dos Namorados, e nesse mesmo dia eu sonhei com você, sonhei que eu estava lendo uma conversa sua com uma amiga nossa, na qual vocês falavam sobre mim, sobre nós. Eu vi este sonho como se o meu consciente estivesse conversando com o meu subconsciente, você era o meu consciente, dizendo que nós éramos só amigos, e ela era o meu subconsciente, tentando te convencer de que nós deveríamos ficar juntos, que um iria fazer bem para o outro, e que não havia na há temer. 

Sei que ficar apenas sonhando não faz bem a ninguém, sei que me afastar de você não vai me adiantar de nada, sei que posso sofrer e ficar mal, mas não me importo, quero ficar perto de você, preciso sentir a sua presença, você me faz bem, não importa como, mas a sua presença me faz bem, e é isso que importa. Mas não pense que eu estou desistindo.

Metamorfose Ambulante

“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.” 

Lembro muito bem daquele garotinho extremamente tímido e quieto, que nunca chamava a atenção no meio dos amigos, que sempre corria atrás de amigos, que grande parte do tempo ficava dentro de casa, assistindo televisão, jogando vídeo game e que raramente ia para a rua, e quando ia era para jogar futebol ou taco, brincar de Pega-pega ou Esconde-esconde. 

Muita coisa não mudou, ainda continuo sendo um garoto tímido, mas não tanto, ainda sou quieto, mas daqueles que falam pouco porque gostam, daqueles observadores, que ao conhecer pessoas novas ou lugares novos fica apenas a observar, antes de se entrosar. Gosto de ficar quieto quando estou pensando, quando estou refletindo sobre a minha vida e sobre o que estou sentindo naquele momento, o que costuma ser frequente. Gosto de ficar quieto, assistindo meus amigos conversarem, admirando aqueles de que gosto, aqueles que guardo no coração, aquele pelo qual meu coração bate.Gosto dos amigos que conquistei, e eles sempre poderão contar comigo para o que for, mas sinto dizer que amigos, esses tenho poucos.

Ainda gosto muito de ficar em casa, na minha cama, no meu computador. Acho que sou desses caras caseiros, que adora ficar em casa, em baixo de um edredom, bem acompanhado, assistindo a um bom filme na televisão, ao som da chuva batendo no telhado. Raramente eu me empolgo para sair de casa, ainda mais se não tiver uma boa companhia, mas caso eu já esteja fora de casa, faço o necessário para continuar fora dela, pois mais raro que seja de eu sair de casa, mas rara ainda é eu ter companhia dentro dela.

Não sei dizer se com o passar dos tempos eu consegui me abrir mais com as pessoas a minha volta ou se eu me fechei ainda mais, mas uma coisa eu não posso negar: Eu cresci, amadureci, mudei, mesmo que tenha sido apenas um pouco.


terça-feira, 10 de maio de 2011

Iris


And I'd give up forever to touch you | E eu desistiria da eternidade para te tocar
'Cause I know that you feel me somehow | Pois eu sei que você me sente de alguma maneira
You're the closest to heaven that I'll ever be | Você é o mais próximo do paraíso que jamais estarei
And I don't want to go home right now | E eu não quero ir para casa agora
And all I can taste is this moment | E tudo que posso sentir é este momento
And all I can breathe is your life | E tudo que posso respirar é a sua vida
And sooner or later it's over | E mais cedo ou mais tarde se acaba
I just don't want to miss you tonight | Eu só não quero ficar sem você essa noite

And I don't want the world to see me | E eu não quero que o mundo me veja
'Cause I don't think that they'd understand | Porque eu não acho que eles entenderiam
When everything's made to be broken | Quando tudo é feito para não durar
I just want you to know who I am | Eu só quero que você saiba quem sou eu

And you can't fight the tears that ain't coming | E você não pode lutar contra as lágrimas que não virão
Or the moment of truth in your lies | Ou o momento de verdade em suas mentiras
When everything feels like the movies | Quando tudo se parece como nos filmes
Yeah you bleed just to know you're alive | É, você sangra apenas para saber que está viva

And I don't want the world to see me | E eu não quero que o mundo me veja
'Cause I don't think that they'd understand | Porque eu não acho que eles entenderiam
When everything's made to be broken | Quando tudo é feito pra não durar
I just want you to know who I am | Eu só quero que você saiba quem sou eu
And I don't want the world to see me | E eu não quero que o mundo me veja
'Cause I don't think that they'd understand | Porque eu não acho que eles entenderiam
When everything's made to be broken | Quando tudo é feito pra não durar
I just want you to know who I am | Eu só quero que você saiba quem sou eu

And I don't want the world to see me | E eu não quero que o mundo me veja
'Cause I don't think that they'd understand | Porque eu não acho que eles entenderiam
When everything's made to be broken | Quando tudo é feito pra não durar
I just want you to know who I am | Eu só quero que você saiba quem sou eu

The Goo Goo Dolls