terça-feira, 18 de setembro de 2012

Preconceito?

Preconceito, muitos dizem se tratar de algo natural do ser humano, mas até que ponto devemos achar isso natural e saudável? Assim que conhecemos alguém novo, estudamos seu modo de se vestir, de falar, de agir, se é negra, se é branca, se é gorda, se é magra, sé é baixa, se é alta. É natural do ser humano julgar aquilo que não conhece, mas é nosso dever verificar se esse julgamento é correto, e muitas vezes não é. 

O preconceito não passa de um julgamento sem conhecimento feito pelas pessoas. Por exemplo: “Ele é negro, não vou usar o mesmo banheiro que ele ou eu vou acabar pegando alguma doença”. Esse pensamento era bastante comum na década de 1960 nos EUA. Esse tema é bastante trabalhado no filme The Help (Histórias Cruzadas em português) do diretor Tate Taylor, que conta a história de uma escritora que resolve escrever um livro contendo a visão das empregadas negras sobre como era o trabalho doméstico e como elas eram tratadas por seus patrões. 

Atualmente sabemos que somos todos iguais, que somos constituídos das mesmas coisas, que nossos organismos são iguais e que estamos suscetíveis às mesmas doenças, então por que ainda existem casos de preconceito? Por ignorância e estupidez humana. Seja ela contra negros, asiáticos, índios, gays, pobres e assim por diante. Assim como disse Albert Einstein: “As únicas coisas infinitas são o universo e a estupidez humana. E não estou seguro quanto à primeira”. 

Há pouco tempo foi sancionada uma lei que diz que 50% das vagas do vestibular deverão ser preenchidas por alunos que estudaram todo o ensino médio em escolas públicas. Desse total, metade deverá ser preenchida por alunos que possuem renda familiar inferior a um salário e meio por pessoa. Já a outra metade será preenchida por alunos negros, pardos e índios. Não seria essa mais uma forma de descriminação? De preconceito? 

Essa lei nos diz o quê? Que alunos negros, pardos e índios não possuem a capacidade de entrar em uma faculdade por mérito próprio? Alguns dizem que as cotas servem como uma “indenização” por anos de escravidão, mas os tempos são outros. Talvez na época após a escravidão, onde negros eram muito mal pagos em seus empregos, houvesse a necessidade, mas atualmente, onde é lei que todos frequentem a escola, deveriam avaliar apenas os estudos dos alunos. 

Ainda há muitas dificuldades em certas regiões do país onde a escolarização ainda é precária, onde não se possui transporte para levar as crianças até a escola e de volta pra casa, mas para aqueles que conseguiram chegar à faculdade, não deveria ser imposto tal “injustiça”. O preconceito é um mal que todos precisamos combater, mas também é um mal que cresce em casa, portanto, vamos iniciar a boa educação das nossas crianças em casa.

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